A durabilidade e a estabilidade de uma Sociedade Empresarial – seja aquela iniciada no âmbito familiar ou não – estão ligados ao alinhamento dos propósitos individuais dos Sócios com o propósito da Organização. Dessa forma, o alinhamento do propósito organizacional e o seu realinhamento de tempos em tempos evita o desgaste da relação entre os Sócios ou, ainda, possibilita a reaproximação e uma nova forma de diálogo entre eles. Problemas com o sócio não são incomuns no universo empresarial. Afinal, é muito difícil não ocorrer um desentendimento fruto da incompatibilidade de opiniões, ou motivada pelo excesso de convivência. Estes conflitos não apenas desgastam a relação entre sócios, como também podem afetar a estrutura da empresa como um todo. Quando a frequência dos problemas aumenta, é um alerta de que algo está errado. O mais importante é ter em mente que a comunicação sempre faz parte da causa e da solução do conflito, e que a dificuldade de diálogo entre os sócios pode interferir diretamente no desempenho da empresa. Quando se trata de uma empresa familiar, estes tipos de conflitos não apenas interferem na rotina de trabalho como também no cotidiano da família, afetando laços que devem ser preservados. Obviamente, não é preciso ser amigo ou parente para ser sócio. Entretanto, o que comumente ocorre é o nascimento da relação societária entre grandes amigos, ou entre um casal. No momento em que o respeito e a cordialidade deixam de existir entre eles, é inevitável que a empresa sofra as consequências; afinal, estes são requisitos básicos para se manter uma relação saudável em qualquer situação. Não importa como se iniciou o conflito ou o desalinhamento entre os Sócios, bem como onde a Empresa e seu propósito de existir estacionaram. É possível sistemicamente, através de mentorias e mediações, encontrar a melhor solução para que o Negócio mantenha-se ativo, lucrativo e com um ambiente de trabalho saudável para os Sócios também.